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Dificuldade de manter o sono
Conheça os distúrbios do sono mais comuns

Vamos falar um pouco sobre Dificuldade para dormir? Você ou alguém próximo tem esse problema? Você sabe que existem algumas doenças relacionadas a essa dificuldade? Uma noite de sono revigorante é um privilégio para poucos. Além da falta de tempo, o excesso de preocupações e responsabilidades com família e trabalho, doença e etc, fazem com que a pessoa não consiga dormir ou manter o sono.

A dificuldade para dormir é caracterizada pela dificuldade em iniciar ou manter o sono e pela sensação de não ter um sono reparador durante pelo menos um mês, causando prejuízo significativo na vida do indivíduo. A Dificuldade para dormir também pode ser sintoma ou efeito colateral de algum problema, os mais comuns são os distúrbios do sono.  

Agora você conhece os principais distúrbios do sono, procure o profissional de sua confiança para iniciar o quanto antes o tratamento.

E para que você entenda o que são os distúrbios do sono, vamos explicar como o nosso sono funciona. Ele é dividido em quatro fases, e cada uma delas é responsável por uma atividade diferente. Estas fases ocorrem em ciclos que duram, aproximadamente, de 70 a 110 minutos, e que se repetem de quatro a cinco vezes por noite. Dificuldades em qualquer uma das fases do sono pode trazer prejuízos a curto e longo prazo.

Conheça os tipos mais comuns de Distúrbios do Sono:

  • Insônia: A insônia é a dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado. Os episódios podem aparecer e desaparecer (transitório), durar até duas ou três semanas (curto prazo) ou ter longa duração (crônico).

Ela pode surgir isoladamente ou estar associada à uma doença como depressão, alterações hormonais ou doenças neurológicas, ou ser provocada por remédios ou substâncias como cafeína, álcool ou outras drogas, tabagismo, diuréticos ou alguns antidepressivos. Para combater a insônia, além de procurar um médico que poderá avaliar quais condições estão causando a insônia, a orientação é fazer a higiene do sono, que são hábitos que favorecem o adormecimento, e em alguns casos medicamentos podem ser receitados. (Mas nada de se medicar sozinho!).

  • Apneia do Sono: A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é doença caracterizada pela obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, normalmente acompanhada de ronco e da redução da saturação de oxigênio no sangue, seguida de um breve despertar para respirar. 

Esta doença provoca alterações no sono, ocorrendo uma incapacidade de atingir fases mais profundas, e dificultando o descanso adequado. Assim, pessoas com apneia do sono costumam ficar sonolentas durante o dia, gerando complicações como dores de cabeça, perda da concentração, irritabilidade, alterações da memória e pressão alta.

Para fazer um diagnóstico e determinar o nível da doença é necessário fazer uma análise do período de sono do indivíduo, através da polissonografia, no laboratório ou até mesmo domiciliar. Na polissonagrafia padrão, tipo I, o paciente dorme no laboratório do sono conectado a sensores que registram a passagem de ar pelas vias aéreas, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca e movimentos torácicos e corporal, e em alguns casos até mesmo canais neurológicos são utilizados, porém atualmente já existem exames muito mais simples e acessíveis, como o Monitoramento Digital da Apneia do Sono, o Biologix,  (polissonagrafia tipo IV), que é um exame feito apenas com um oxímetro, o Oxistar, conectado ao App Biologix usado para dormir uma ou mais noites. Dessa forma o paciente tem seu diagnóstico de forma prática, rápida e eficaz.

Além disso, esse monitoramento pode ser repetido quantas vezes forem necessárias durante o tratamento, buscando ajustes finos da terapia pelo profissional de saúde.

A Apneia do Sono pode ser classificada em 3 níveis dependendo da quantidade de pausas na respiração a pessoa tem por hora, o que forma o índice por hora ( IAH: índice de apneias/hipopneias por hora), dessa maneira:

  • Leve: IAH maior ou igual a 5 e menor ou igual a 15
  • Moderada: IAH maior que 15 e menor o igual a 30
  • Grave: IAH maior que 30

Para tratamento em pacientes com níveis leves e moderados, uma alternativa utilizada por dentistas é o uso de aparelhos intraorais, que promovem o avanço da mandíbula, da base de língua e dos tecidos faringeanos, criando o aumento das dimensões das vias áreas superiores para favorecer a passagem do fluxo aéreo. Nos casos mais graves  o tratamento é feito com o uso de máscaras adaptáveis de oxigênio, chamada de CPAP, além de alterações de hábitos como perder peso e evitar o fumo. Em certos casos, pode ser indicada uma cirurgia para correção do estreitamento ou obstrução do ar nas vias respiratórias, causada por deformidades, ou a colocação de implantes.

  • Síndrome das Pernas Inquietas: Síndrome das pernas inquietas (SPI), é uma condição em que a pessoa tem uma vontade irresistível e intensa de mexer as pernas e as move involuntariamente. A necessidade de mover as pernas ou a sensação desagradável de desconforto começa ou piora durante períodos de repouso ou inatividade, com o paciente sentado ou deitado. Em geral, os sintomas são mais intensos à noite e o paciente dorme mal ou quase não dorme. Como consequência, passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado.

Os Principais sintomas são:

  • Sensação de desconforto e necessidade iminente de mover as pernas;
  • Dor;
  • Formigamento;
  • Arrepios;
  • Pontadas.

A Causa da Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) não é bem conhecida. Sabe-se que além da predisposição genética, a deficiência de dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro está associada à ocorrência de movimentos involuntários e repetitivos característicos da síndrome. São considerados fatores de risco para o aparecimento da SPI ser do sexo feminino, idade acima de 50 anos, gravidez, deficiência de ferro, uso excessivo de álcool ou cafeína, transtornos do sono como narcolepsia e distúrbio comportamental do sono REM.

O Diagnóstico é clínico, baseado na descrição dos sintomas. Mas exames laboratoriais complementares podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico, como a Polissonografia e a dosagem dos teores de ferritina e tranferrina, substâncias que transportam o ferro no sangue periférico.

Para Tratamento da SPI em casos leves recomenda-se o uso de benzodiazepínicos (fármacos que produzem efeito ansiolítico), e nos mais graves pode-se recorrer a medicamentos como que estimulam os receptores de dopamina no cérebro sem aumentar seu nível no sangue periférico.

  • Narcolepsia: É um distúrbio do Sono caracterizado por sono súbito e incontrolável, aparentemente sem motivo, que ocorre várias vezes ao dia. Os ataques de sono podem ocorrer a qualquer momento e em situações inusitadas: em pé dentro de um ônibus, durante a consulta médica, dirigindo o automóvel, ou operando máquinas, por exemplo.

Pode causar acidentes e dificultar a vida social dos portadores.

Os Sintomas são: Sonolência diurna excessiva, perda súbita do tônus muscular (cataplexia), que é incontrolável e tão intensa que pode derrubar uma pessoa no chão. O seu gatilho são emoções intensas geralmente positivas como riso. Mas também podem ser desencadeadas pelo medo ou raiva por exemplo. Outro sintoma é o sono noturno fragmentado, presença de múltiplos despertares, movimentação excessiva, sono não reparador.

Esta é uma condição crônica, para a qual não há cura, e que pode afetar seriamente a qualidade de vida de quem a tem. No entanto, é perfeitamente tratável e seu principal sintoma – o excesso de sono durante o dia – pode ser controlado por meio de medicamentos e algumas mudanças no estilo de vida.

A causa exata da narcolepsia é desconhecida pelos especialistas, embora muitos acreditem que fatores genéticos possam estar diretamente envolvidos nas causas da doença. Acredita-se que a Narcolepsia seja causada pela perda de um grupo de células localizadas no hipotálamo, estas células morrem precocemente e não produzem a Hipocretina que é um neurotransmissor que regula a excitação, vigília e apetite. Um desequilíbrio dessas substâncias pode levar ao aparecimento do sono REM em horas inadequadas.

O Tratamento de Narcolepsia tem como objetivo manter os sintomas da doença sob controle. Pode ser feito com remédios que tem função de estimular o cérebro dos pacientes para continuarem acordados.

Um tratamento natural da Narcolepsia é mudar os hábitos de vida e ter uma alimentação saudável, evitando refeições pesadas, programar um cochilo após as refeições, evitar ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias que aumentam o sono.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste blog possuem apenas caráter educativo.

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