Você já ouviu falar sobre Fibrilação Atrial, o nome é meio complicado, mas é fácil de entender!
Basicamente o coração precisa bater num ritmo regular e quando ocorre um desarranjo desse ritmo, ou seja, quando o coração passa a bater mais rápido em seguida mais devagar e volta a acelerar, nós temos o que chamamos de arritmia. A Fibrilação Atrial é um dos tipos de arritmia.
A Fibrilação Atrial, um subtipo de arritmia cardíaca muito comum, é caracterizada pelo ritmo de batimentos rápido e irregular dos átrios do coração. Segundo o artigo QUEM É O ESPECIALISTA EM ARRITMIAS CARDÍACAS? Publicado pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, em 2014, no site https://sobrac.org/ , um dos tipos de arritmia cardíaca mais prevalente no mundo é a Fibrilação Atrial, incide em 2,5% da população, o equivalente a 175 milhões de pessoas.
É uma doença silenciosa com poucos sintomas específicos, e a sua pior consequência é o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Mas é comum o paciente sentir um cansaço, falta de ar e a sensação de que o coração está batendo muito forte.
Os fatores de risco para a Fibrilação Atrial são:
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Consumo de bebidas alcóolicas;
- Apneia do Sono;
- Estresse entre outros.
Mas porque estamos falando isso tudo? Porque a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), pode causar Arritmia Cardíaca, e, portanto, quem não tem um sono de qualidade pode estar arriscando a sua saúde!
Segundo o artigo Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e Doenças Cardiovasculares, publicado na Revista Neurociências em 2014, no site http://www.revistaneurociencias.com.br/, muitas pesquisas evidenciam que a Apneia do Sono é um fator de risco para o desenvolvimento de Fibrilação Atrial, sendo que a Apneia moderada a grave aumenta em até 4 vezes o risco dessa arritmia.
Pacientes com apneia do sono podem ter arritmia cardíaca pois a respiração fica mais intensa por causa da obstrução nas vias respiratórias durante o sono, normalmente acompanhada da redução da saturação de oxigênio no sangue, seguida de um breve despertar para respirar. A oscilação entre o sistema simpático e parassimpático que ocorre durante o sono em pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) ocasionam um cenário perfeito para o surgimento das arritmias. As principais manifestações durante o sono incluem roncos, pausas respiratórias, fragmentação do sono, levando a prejuízos diurnos incapacitantes, como sonolência excessiva diurna, alterações cognitivas (como perda da produtividade por dificuldade de concentração e memorização) e dor de cabeça ao acordar. Se você possui esses sintomas, o médico poderá solicitar exames que monitoram seu sono para diagnosticar.
Uma opção é o Exame do Sono Biologix, Que pode ser feito em casa, simples, prático, eficaz e validado clinicamente. Na hora de dormir, basta colocar o sensor no dedo e iniciar o exame no App Biologix. Ao acordar basta clicar em concluir exame para receber o resultado em segundos no seu e-mail.
Ou ainda, o diagnóstico pode ser feitos por um exame chamado Polissonografia, mais complexo, realizado dormindo uma noite num laboratório do sono, onde o paciente é monitorado por sensores que registram a passagem do ar pelo nariz e boca, a oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, atividade cerebral e movimentos do tórax e de membros.
E agora o que fazer para se tratar? Se você foi diagnosticado com Fibrilação Atrial em consequência da Apneia do Sono, o tratamento pode envolver mudança nos hábitos de vida além de medicamentos e cirurgia. E para tratar a Apneia do Sono em casos mais graves, o tratamento pode incluir dispositivos intraorais, aparelhos para auxílio respiratório e até mesmo cirurgia para desobstrução das vias aéreas superiores.
Para os casos graves, a melhor indicação é o CPAP, sigla em inglês para “Contiunous Positive Airway Pressure”. É um aparelho que através de uma máscara nasal ou facial fornece pressão contínua de ar que desobstrui as vias aéreas durante todo o período do sono. Vários estudos parecem comprovar a ação benéfica do CPAP nos pacientes com Apneia. Ele ocasiona diminuição da pressão intratorácica, da hipóxia, da acidose e dos despertares, reduzindo as arritmias cardíacas, principalmente, a Fibrilação Atrial. Além de melhorar o ronco, o uso do CPAP afasta o risco de problemas cardiovasculares e de hipertensão decorrentes da apneia e ronco.
Não perca tempo, se cuide!
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste blog possuem apenas caráter educativo