Por Dr. Walter Silva Júnior
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) acomete qualquer etnia, cor, gênero ou classe social. Está presente em todo o mundo e, no Brasil, atinge a vida de quase 50 milhões de pessoas*. Apesar do elevado número de doentes somente cerca de 10% são diagnosticados.
O diagnóstico clássico da AOS é feito pelo exame de polissonografia. O teste, quando feito em clínica especializada ou hospital (tipo 1), abrange vários parâmetros de análise e é acompanhado por um técnico durante todo o tempo; se algum sensor se solta, o profissional percebe e recoloca. Assim, o exame não perde o registro. Essa modalidade é a mais completa, porém tem alto custo e poucos locais disponíveis (calcula-se que se todos os suspeitos fossem indicados para uma polissono tipo 1, a espera seria de mais de 90 anos!).
Na polissono tipo 2, o paciente realiza o exame em sua casa sem a presença do técnico.
Existem ainda as poligrafias – chamadas também de polissonografia tipo 3 – que funcionam como monitores cardiorrespiratórios contemplando fluxo aéreo, esforço torácico e/ou abdominal, saturação de oxihemoglobina e frequência cardíaca. Algumas possuem ainda sensor de posição e/ou actígrafo, esse último para tentar se aproximar do real tempo total de sono.
Os oxímetros digitais de alta resolução compõem o grupo denominado polissonografia tipo 4. Esses avaliam a saturação, percentual de tempo abaixo de 90% e frequência cardíaca. Os mais completos gravam também o ronco e são munidos de actígrafo.
Para saber qual tipo de polissono pedir, a America Academy of Sleep Medicine** produziu um guideline, documento de alto valor científico que indica qual o melhor método para cada situação clínica.
Resumidamente, o texto recomenda a polissono tipo 1 para pacientes suspeitos e que tenham alguma comorbidade importante (doença cardiovascular, pulmonar, muscular, dentre outras). A tipo 3 pode ser indicada para indivíduos com alta suspeição e sem comorbidades (se o resultado for negativo, uma polissono tipo 1 está indicada). A oximetria (tipo 4) tem boa utilidade na triagem e follow-up (por exemplo, na titulação dos aparelhos intraorais). Pode ser considerada método de diagnóstico quando o escore for moderado ou acentuado, e devido à simplicidade e baixo custo pode ser feita por várias noites, mostrando de forma mais abrangente o quadro do paciente, não apenas o “retrato” de uma noite.
O exame tipo 1, como dito anteriormente, é ainda caro e pouco disponível. Portanto, há necessidade de abrirmos os olhos para outras metodologias. Se em sua cidade não houver centros de diagnóstico, veja qual a localidade mais próxima; se o paciente não puder se deslocar ou não tiver recursos financeiros, uma oximetria digital de alta resolução pode ser uma opção viável (desde que respeitada a orientação do guideline). Pense ainda em incentivar algum colega médico para iniciar o serviço; mostre dados sobre a prevalência da doença e número de pessoas sem acesso ao diagnóstico destacando também a boa rentabilidade do produto (esse item é importante em todo negócio).
Na próxima postagem serão abordados estudos promissores que avaliam outras maneiras de diagnosticar e monitorar a AOS.
Por Dr. Walter Silva Júnior
Dentista do Sono certificado pela American Board of Dental Sleep Medicine
Doutor em Sono pelo HRAC USP/Bauru
Site: http://www.institutowaltersilva.com.br/
Instagram: @walter_silva_odontologiadosono
A Biologix oferece uma plataforma online que permite que profissionais de saúde ofereçam a seus pacientes um exame de apneia do sono simplificado e de baixo custo. A solução é baseada em sensores vestíveis, aplicativos e computação na nuvem.
É de extrema importância o diagnóstico da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) utilizando a polissonografia como método. Uma opção é o Exame do Sono Biologix, uma polissonografia tipo IV, um exame para se fazer em casa, simples, prático e eficaz, sem a necessidade de dormir em um laboratório do sono.
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