Por Dr. Walter Silva Junior
Com a chegada da vacina, ainda que lenta, achei interessante retomar esse tema.
Dormir bem vai muito além do descanso físico e mental. Nosso sistema de defesa “se arma” durante o sono. Reações bioquímicas complexas ativam células de defesa restaurando áreas danificadas e combatendo patógenos.
A privação e/ou fragmentação de sono interfere nesse equilíbrio.
Toda a modulação dos linfócitos T e B, liberação de citocinas pró e antiinflamatórias acontecem quando dormimos bem. Na fase N3 nosso corpo prepara e arma o exército que lutará contra os invasores.
Quando o sono não vai bem ficamos mais susceptíveis às doenças e infecções. Trabalhos relatam uma maior incidência e recorrência de alguns tipos de câncer como os de mama, pulmão e próstata em indivíduos com restrição e/ou fragmentação de sono.
Um trabalho interessante realizado por pesquisadores suecos (segue referência abaixo) mostrou o papel do sono logo após a imunização. Os indivíduos selecionados receberam a vacina da gripe. A um grupo foi permitido dormir adequadamente; a outro não. Nesse último grupo, a concentração de anticorpos ficou abaixo do ideal. Dessa maneira, mesmo vacinados, esses sujeitos estão mais propensos a ficarem gripados.
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um dos mais potentes fragmentadores de sono. Essas interrupções podem reduzir o efeito da vacina, como mostrado no artigo sueco. O tratamento da AOS ajuda no sono reparador, que contribui para a potencialização de nosso sistema da defesa, seja na produção de anticorpos pós-vacina, seja no combate de outras patologias.
Por Dr. Walter Silva Júnior
Odontólogo del sueño certificado por la American Board of Dental Sleep Medicine [Junta
Estadounidense de Medicina Dental del Sueño] (ABDSM, por sus siglas en inglés).
Doctorado en sueño en Hospital de Rehabilitación de Anomalías Craneofaciales/Universidad de São Paulo – Bauru, São Paulo.
Página web: http://www.institutowaltersilva.com.br/
Instagram: @walter_silva_odontologiadosono
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